Luiz Fernando Almeida (Superbacana DJs):1) O que você fazia nos anos 90, era dimenor, aonde ia?
R: Ai os anos 90, quantas saudades, acho que nos divertíamos muito mais. Tinha uma certa inocência no ar, tudo era novo e as pessoas se permitiam fazer coisas absurdas sem medo de ser feliz.
Nos anos 90 eu me mudei para SP pra fazer teatro profissional. Mas como todo mundo que chega naquela terra que filho chora e mãe não escuta , eu acabei descobrindo a noite.
Fui em muitos dos lugares que foram responsáveis por tudo o que acontece hoje em dia na cena como: Nation ( no finalzinho) Malicia, Shelter, Galpão Paparazzi, Latino, Massivo , Krawitz, Sing Sing ,Latino, Samantha Santa que depois virou a Loca, Sound Factory, as primeiras raves como Oribapu e Avonts. Tinha toda aquela movimentação do Mercado Mundo Mix onde eu trabalhava também que não posso deixar de citar aqui.
2) Qual festa ou lugar foi a cara dos 90 para você? Na dúvida conta os que mais gostava.
R: Olha em SP sem duvida alguma o Sra. Krawitz e o Massivo são os lugares que mais me marcaram e acredito que muita gente também pensa assim.
No Rio o Dr Smith sem sombra de duvidas. Eu não freqüentei assiduamente, mas sempre aparecia porque ia muito ao RJ desde aquela época.
3) Que gíria ou expressão foi a mais marcante dessa época para você?
R: Ah, tem varias:
- Não deita - que a gente sempre usava pra dizer pra alguém não desanimar ou desistir de algo.
- Tinha aquele gritinho de pista bem fubanga que a gente adorava que era o “Arreeeeeeeeeia”
- Flop-que a gente usava (eu ainda uso) pra dizer que o lugar esta caído.
- O famoso Ta meu bem! Que era usado pra tudo.
4) Qual dj que mais abalou nessa época, para você?
R: Em Sp sem duvida alguma Pareto, Mau Mau, Renato Lopes e Selma Self Service (Edu Corelli) no circuito Jardins.
Tinha o Marky e o Juliao que tocavam no circuito zona leste, mas a gente nem se abalava em ir ate lá pra ouvi-los. Era muito bom!
Foto: Felipe Borges
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