Sergio Amaral:
1) O que você fazia nos anos 90, era dimenor, aonde ia?
R: Em 90 em si eu era megabababy, tinha 12 anos!!! Comecei a sair com 15 nas matinês do Resumo da Ópera aqui em SP. Era no Shopping Eldorado, íamos no sábado à tarde, de jeans M. Officer ou Zoomp, camisa xadrez, dançava só hits de FM tipo Ace of Base, Corona, Nikky French, quase tudo que tinha nas trilhas daqueles CDs "7 Melhores da Jovem Pan"! E fumava Gudan Garan, achando o máximo da subversão... Kkkk. Depois migrei pra boemia da Vila Madalena, me jogava nos botecos mais podrinhos, virava a madrugada de bar em bar, festinhas soltas, ouvindo reggae e umas bandas de rock alternativo da época (Okotô, Planet Hemp, Anjo dos Becos...). Era meio do skate, ia nuns campeonatos soltos que o Turco Loco meio que promovia, patrocinava, não lembro bem... Lá pro final dos 97 que eu comecei a me jogar na noite gay mesmo. Ia pencas na Disco Fever, o clube do Mauro Borges, que começou na Augusta, migrou pro Ibirapuera, depois pro mesmo lugar da Rave na Bela Cintra, depois Consolação, era seguidor mesmo do Mauro. A Renata trabalhava na porta, o Caio (que hoje é Ebony) era promoter e me arrumava uns VIPs que eu quase não tinha dinheiro, saía com R$ 15 pra ir e voltar de ônibus, beber etc. Fui bastante no Massivo também, que era aquela loucura, né? Tinha acabado de me assumir gay e fiquei totalmente fascinado com a noite e a liberdade que ela permitia de me jogar, me montar. Aff, enxurrada de lembranças agora... Lembro que eu ia no Mundo Mix, comprava uns acessórios glow, umas baby looks curtinhas justésimas e transparentes. Aí botava uma calça de chamois do Jeziel Moraes, jogava uma bolsa hippie da minha mãe arrematando a confusão e pegava ônibus acreditando no look!
2) Qual festa ou lugar foi a cara dos 90 para você? Na dúvida conta os que mais gostava.
R: Massivo e Disco Fever pra mim foram as mais marcantes. Tinha montação, ingenuidade, nem fotógrafo nem fotolog nem nada disso, todo mundo se jogava mais nos bafôns, o povo só bebia e já tava ótimo, tinha a gaiola, a pegação forte e muitas drags. Minha experiência é de clube gay mesmo, fazer o quê...
3) Que gíria ou expressão foi a mais marcante dessa época para você?
R: Tudo e uó, que eu uso até hoje _MUITO!
4) Qual dj que mais abalou nessa época, para você?
R: O Mauro mesmo. Tem músicas que até hoje eu lembro, tipo "State of Independence" e uma que era meio hino da Love Parade além de todas as discos que ele tocava, enfim. Tinha também Madonna (sempre), Mariah Carey e as divas da época, não lembro de todas.
Foto: Fabio Motta numa das reaberturas do Massivo.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
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