sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Eco 90's - Hermés Galvão

Hermés Galvão:

1) O que você fazia nos anos 90, era dimenor, aonde ia?
R: No começo da década eu estudava jornalismo na PUC e vivia de mesada, que era curta. Daí fui trabalhar em loja, na Baiki Badai do Shopping Rio Sul: vendia roupa de Bali para umas baianas até que a maior delas me convidou para escrever na Caras. Nesse meio tempo, ia na Doctor Smith às sextas, "por causa da música", e na Val Demente aos sábados. Durante a semana, ia ao Resumo da Ópera, Banana Café, Voilá, Mostarda, enfim, programas de bofe – afinal eu ainda o era. Não precisa dizer que tipo de roupa eu usava não, né? Em 1998, larguei tudo e fui para Londres me reinventar. Não tava dando, sabe?

2) Qual festa ou lugar foi a cara dos 90 para você? Na dúvida conta os que mais gostava.
R: Sem dúvida, as Val Demente e a BITCH no Tivoli Park. Para mim, essas festas tinham um caráter libertário, transgressor e liberal, além de um altíssimo astral. Via gente que nunca tinha visto na vida, fiz amigos que tenho até hoje, saí do meu microcosmo burguês, revi minha agenda, comprei um jeans vermelho (era moda, juro), experimentei tudo e quase todo mundo, enfim, dei uma acordada.

3) Que gíria ou expressão foi a mais marcante dessa época para você?
R: Minha turma inventava uma gíria por dia, o que fazia com que a gente não precisasse usar as que estavam na boca do povo. Dessas que a gente tirava do nada, gosto muito de "grisálida", que era usada para denominas as bichas velhas em geral.

4) Qual dj que mais abalou nessa época, para você?
R: Nenhum, pra mim DJ é que nem garçom: ele trabalha na festa e eu sou o convidado. Ele toca, eu danço e ponto final. Se a música for ruim, eu procuro o Aloísio para xoxar os outros.

Foto: Arquivo pessoal.

Um comentário:

Anônimo disse...

Uma pena o fim do Superego.
Adorava.
Beijos Hermés.